Com um total de 978 homicídios dolosos registrados até o último mês de 2019, o ano registrou redução de 11,8%, sendo menos 131 mortes. Com isso, o resultado é o menor e o primeiro abaixo de 1 mil desde 1992
As informações são do balanço da Segurança Pública no ano de 2019, apresentado nesta sexta-feira (03) no Palácio Anchieta.
Junto disso, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes recuou de 28 para 24,3. No entanto, a média de assassinatos em todo o Espirito Santo chegou a 80 por mês.
Já quando se fala na prisão dos responsáveis por essas mortes, a média chegou a 40 prisões de homicidas no território capixaba. Em todo o estado, 14 municípios não tiverem nenhum caso de homicídio e 44 tiverem menos de 10 assassinatos.
Dentre todas as regiões, de norte a sul do estado, apenas a Região Noroeste apresentou aumento (6%), sendo sete a mais do que em 2018. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Espirito Santo, Roberto Sá, a situação mais critica na região é a do município de Nova Venécia.
“É o menor número nos últimos 27 anos e que se reportou nas quatro regiões do estado. Apenas na região noroeste houve uma elevação. Então não nos conforta, a gente sabe que o desafio é grande e vamos perseguir essa redução, mas ter menos de mil homicídios para um estado que chegou a 20.34 em 2009 é uma conquista da sociedade. Em Guarapari, por exemplo, que é um balneário bastante conhecido, houve uma redução de 35%”, destacou o secretario.
Com tantas reduções significativas, o número de casos de feminicídio foi apenas um a menos que no ano de 2018. Já as apreensões de armas fogo aumentou 11%. Segundo o Governador do Estado, Renato Casagrande, para combater esse aumento no uso de armas de fogo e continuar dando respostas à sociedade, daqui para frente, é preciso que autoridades deixem, em todo o país, deixem de incentivar esse mercado.
“Nós organizamos, aqui no Espirito Santo, uma delegacia especializada no comércio de armas e munições, mas estamos tendo problema no Brasil, porque muitas autoridades incentivam e alimentam o uso da arma. Isso acaba com uma flexibilização das lei aprovadas no Congresso Nacional […] incentivando o comércio de armas. Ou sejam, são mais armas e munições nas mãos dos criminosos, e isso dá muito mais trabalho”, ressaltou.
Sistema socioeducativo e prisional
No Sistema Socioeducativo também houve redução, o ano de 2019 fechou superando, com 654 adolescentes, a meta estabelecida, que era de 760 adolescentes. Ou seja, 800 a menos do que em dezembro de 2018.
Tudo isso, deve-se a reformas que foram feitas no sistema a partir de agosto e do investimento de mais de R$ 2 milhões, em cinco meses.
Já no Sistema Prisional, o ano de 2019 fechou com 22.774 presos. Ou seja, 110 presos a menos do que em janeiro de 2019, onde o número chegava a 22.884.
Sendo que, de outubro a dezembro a população carcerária caiu em 1 mil presos. Porém, houve um aumento de 4% da população carcerária masculina e 5% da feminina.
– por Matheus Passos/ESHoje