Uma pessoa de 55 anos, foi presa em Vila Velha com parte de carga de queijo roubada na cidade de Pocrane, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (22). A operação é o desdobramento de uma iniciada em 15 de abril, em Coqueiral de Itaparica, também na cidade canela verde pela Delegacia Especializada de Crimes Contra o Transporte de Cargas (DECCTC). Esta foi a terceira prisão da ação que recuperou no Espírito Santo, 2,3 toneladas de queijo produzidos em Ipanema-MG.
O alimento estava sendo comercializado em diversos pontos do território capixaba. Na primeira etapa da operação a polícia estadual já havia recuperado os outros 800 quilos do queijo em Vila Velha. Na ocasião, um outro suspeito – de 36 anos e que já tem passagem na polícia pelo crime de receptação de carga roubada – também foi preso e autuado por receptação qualificada – quando a mercadoria é recebida para fins comerciais.
Mais 700 quilos foram recuperados em Guarapari, onde um homem foi preso e autuado por receptação – um homem de 33 anos sem ficha criminal. E a partir desta prisão, no bairro São Gabriel, descobriu-se que toda a carga roubada, cerca de cinco toneladas de queijo, ficaram armazenadas por um período na Cidade Saúde, antes de ser distribuída para diversos pontos, dentro de fora do território capixaba.
De acordo com o delegado Gianno Trindade, o responsável pela locação do depósito em Guarapari é de Minas Gerais e ainda está sendo procurado pela polícia. “Em comum, com as três prisões nós conseguimos identificar uma pessoa que seria a responsável por estar trazendo essa carga. As investigações agora segue no intuito de prender essa pessoa, que é de Minas. As três prisões apontaram para o mesmo sentido, que essa pessoa é a ponte”, explicou.
Segundo o delegado, a principio, a pessoa que está articulando o esquema já tinha uma circulação no Espírito Santo e já repassava o quilo do queijo por 11 reais, mas o quilo é R$15,80. “Para o comerciante, comprar com “um representante” não paga imposto, compra mais rápido e barato. Quem rouba tem o interesse de se desfazer da carga de forma rápida e fazer dinheiro.
“Essa facilidade, no entanto, não inocenta quem comprou a carga. O comerciante sabe que, quando ele compra uma carga, com a nota fiscal, ele tem conhecimento da procedência do produto. Já, desta forma, assume o risco de comprar um produto com as facilidade e preço, contudo, não tem confirmação da origem e tem noção que pode ser duvidosa”
O crime de receptação qualificada tem pena de três a oito anos de prisão.