Com democrata, emergentes serão oportunidade atraente de investimento
Enquanto o presidente Donald Trump atacava a democracia americana em discurso na Casa Branca, acusando as eleições presidenciais de serem marcadas por “roubo e fraudes”, derretia a vantagem dele em relação a Joe Biden na Geórgia e na Pensilvânia. Com a apuração perto do fim nesses estados, é possível que o resultado da acirrada disputa seja anunciado nesta noite, com vitória do candidato democrata.
Diante do cenário de indecisão sobre quem será o vencedor nas eleições dos Estados Unidos, as Forças Armadas começam a projetar a relação Brasil-EUA em caso de vitória de Joe Biden.
Entenda com a gente as projeções dos militares.
Se Biden vencer como os militares planejam a nova relação Brasil-EUA?
As Forças Armadas não têm cravado um vitorioso para as eleições nos Estados Unidos, por isso, não descartam a possibilidade de que Joe Biden vença o atual presidente Donald Trump.
Desde o começo do governo Bolsonaro a relação dos países foi muito alinhada. Por isso fica a dúvida do que pode mudar com uma possível vitória democrata.
A principal preocupação dos militares são os assuntos que Trump pouco se importa. Biden indica que irá dar atenção para Amazônia, para as queimadas, vacinas, entre outros. A posição estadunidense sobre esses temas podem causar uma retirada de algum investimento, por exemplo.
Ontem às 21h15, a diferença em favor de Trump contra Biden era de apenas 3.500 votos na Geórgia. Essa vantagem abriu o dia em mais de 100 mil votos. Na Pensilvânia, a distância entre o candidato republicano e o democrata baixou de quase 1 milhão para 66 mil votos. Segundo o economista Leonardo Moisés, a virada está muito próxima nesses dois estados, com Biden podendo assumir a liderança.
A apuração está ocorrendo sob forte tensão, devido às acusações de Trump, que já avisou que recorrerá à Justiça para rever o resultado, caso não seja o vitorioso. Ao mesmo tempo, as ruas de várias cidades dos Estados Unidos estão sendo tomadas por protestos, a maior parte deles defendendo a continuidade da contagem dos votos. O grupo de Trump tentou, na Justiça, suspender a apuração em várias localidades.
Segundo os estados que já encerraram a contagem dos votos, Biden tem 253 dos 270 votos necessários para se tornar presidente dos Estados Unidos — Trump tem 214. Pelos cálculos da Associated Press, que acompanha as eleições americanas há mais de 160 anos, o democrata venceu no Arizona, o que o coloca com 264 votos no colégio eleitoral, portanto, a seis votos dos necessários para ser declarado vencedor.
Caso consiga realmente virar na Geórgia, Biden levará mais 16 votos. E se vencer na Pensilvânia, outros 20. O democrata está à frente na apuração em Nevada, com seis delegados. A tensão, portanto, aumentou muito no comitê de campanha de Biden e na Casa Branca. As eleições à Presidência dos Estados Unidos nunca provocaram tanta comoção no mundo.