Consciência dos eleitores na escolha de candidatos também foi tema de discurso na sessão
Por Luciana Wernersbach
Um pleito limpo, correto, justo, transparente. Esse foi o pedido do deputado Engenheiro José Esmeraldo (MDB), durante a fase de pronunciamentos da sessão ordinária híbrida desta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa (Ales). O parlamentar se mostrou preocupado com a possibilidade de candidatos a prefeito fazerem boca de urna, utilizarem recursos públicos e lançarem mão de outros meios fraudulentos no dia de votação que acontece no próximo domingo (15).
“É preciso ter respeito por todos os candidatos e eleitores. Queremos eleições de forma democrática, republicana, em que o eleitor escolhe quem ele acha que é o melhor candidato. Não vamos aceitar nenhum tipo de ingerência”, protestou.
O deputado pediu rigor na fiscalização. “Faço um apelo às autoridades de nosso Estado, principalmente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para que fiquem atentos, pois boca de urna é uma forma de burlar o voto, e isso não podemos admitir em nosso estado, no nosso país”.
O presidente da Mesa Diretora, deputado Erick Musso (Republicanos), corroborou o apelo por eleições limpas e reforçou o pedido para que as autoridades competentes garantam “lisura e transparência no processo democrático”.
Políticas em longo prazo
Ainda sobre o tema das eleições, o deputado Sergio Majeski (PSB) fez uma crítica às promessas das campanhas eleitorais. “Se observarmos as campanhas deste ano e as de 20 anos atrás, vamos ver que elas se assemelham muito. É quase sempre uma crítica a quem está no poder e a promessa de que vai fazer melhor. E quase sempre as promessas giram em torno de ‘eu vou construir’. Por exemplo, ‘vou construir uma rua, uma casa, uma escola, um posto de saúde’”, avaliou o parlamentar.
O deputado ainda acrescentou que, obras como as citadas, podem representar grande diferença para uma comunidade, mas não resolvem efetivamente os grandes problemas que atingem uma cidade ou um estado. “Nós precisamos de ideias de políticas públicas para médio e longo prazo, como um projeto de saúde preventiva, com saneamento básico, saúde da família, algo que em 20 anos veríamos o efeito”, exemplificou.
Para Majeski, é necessário consolidar políticas públicas que impeçam, por exemplo, que as pessoas fiquem doentes, em vez de apenas construir mais unidades de saúde. “Mas, infelizmente, não é isso que dá voto, e não é isso que a mídia e os eleitores querem, pois buscam imediatismo”, analisou.
O deputado ainda aconselhou as pessoas a avaliarem bem os candidatos a prefeito e vereador. “Não é verdade que todos são iguais. É preciso analisar com critério e nunca esquecer o que é a função de cada um”, sugeriu.